Extremos

Inspirados por uma arquitetura que conjuga tecnologia, biomimetismo e ancestralidade, criamos um projeto para o concurso da 14ᵃ BIASP (Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo), vislumbrando um caminho onde inovação, ciência e tradição coexistem para moldar futuros mais harmônicos.

Síntese entre natureza, cultura, ciência e inovação. Inspirada nas formas orgânicas da bioarquitetura e da biomimética, ela se funde aos padrões simbólicos, criando uma estética que une passado, presente e futuro. Elementos visuais evocam tramas, geometrias e padrões que simbolizam equilíbrio, interdependência e regeneração.

Vivemos em uma era marcada por profundas tensões: mudanças climáticas avassaladoras, urbanização acelerada, desigualdades sociais e a fragilidade dos ecossistemas. 
Esses extremos não apenas moldam o presente, mas também exigem a construção de futuros mais equilibrados, sustentáveis e inclusivos. Conscientes de que o presente está repleto de crises, acreditamos que é no enfrentamento dessas adversidades que surgem as maiores oportunidades
de transformação. Nossa proposta para a BIASP de 2025 vai além de imaginar o futuro: ela o projeta
a partir do agora, no encontro entre arquitetura, arte e ciência, movidos pela urgência de preservar
o planeta.
 
Inspirando-se nos sistemas naturais da bioarquitetura e biomimética, assim como nos saberes ancestrais indígenas e africanos, propomos uma identidade visual que transcende a mera representação estética. Este conceito imagina relações regenerativas, onde o espaço construído não se opõe ao meio, mas se torna uma extensão dele. Assim como na natureza, onde cada elemento dialoga em harmonia com o todo, buscamos integrar arquitetura, cultura e ecossistemas aos fluxos naturais, ao ciclo da vida e à experiência humana.
 
Das tradições indígenas, absorvemos o ensinamento de que a terra é viva e sagrada, e que os espaços devem refletir essa conexão simbiótica. Dos saberes africanos, aprendemos o poder da coletividade, a resiliência comunitária e a criatividade no uso de materiais, valorizando práticas construtivas que respeitam tanto a memória quanto o ambiente.
 
Esses saberes ancestrais nos convidam a repensar a arquitetura. Como criar espaços que não apenas abrigam, mas educam, revolucionam e regeneram? Como unir o humano e o não humano em sistemas mutuamente benéficos? Inspirados por uma arquitetura que conjuga tecnologia, biomimetismo e ancestralidade, vislumbramos um caminho onde inovação, ciência e tradição coexistem para moldar futuros mais harmônicos.
Síntese entre natureza, cultura, ciência e inovação. Inspirada nas formas orgânicas da bioarquitetura e da biomimética, ela se funde aos padrões simbólicos, criando uma estética que une passado, presente e futuro. Elementos visuais evocam tramas, geometrias e padrões que simbolizam equilíbrio, interdependência e regeneração.

Tons de vermelho e verde evocando a energia das culturas ancestrais e a vitalidade da inovação, além de enfatizar o contraste alarmante da emergência climática extrema que enfrentamos atualmente.

Remetem às estruturas naturais, como raízes e caminhos fluviais, se desdobram e interagem, simbolizando a relação entre espaço, natureza e humanidade em constante diálogo, criando um equilíbrio visual entre a rigidez do urbano e a fluidez do orgânico.

EIXO 1 – RAÍZ
Para avançarmos, é necessário preservação e reflorestamento. Precisamos recuar e acolher o saber ancestral de voltar às nossas raízes. A base é o que sustenta o corpo, e na natureza obtemos respostas.
 
EIXO 2 – ENCOSTAS E MARGENS
A força das águas e a fragilidade do solo predominam o segundo eixo, nesse contraponto a representação
de encostas e margens refletem o problema e a solução sintetizados de maneira fluida e artística
imergindo juntos.
 
EIXO 3 – ASAS
A bioarquitetura e biomimetismo surgem como inovações e possibilidades arquitetônicas sustentáveis, a partir do contato direto com a natureza, desde a possibilidade de utilização de materiais alternativos ao próprio entendimento do aprender com o ancestral.
 
EIXO 4 – TOPOGRAFIA
Compreender o espaço  urbano exige entender o todo. O solo é exatamente esse local de transitação, caminhos, meios, e morada, é o solo que comporta a individualidade dos cidadãos e o local aonde
eles pertencem.
 
EIXO 5 – GENTE
Povo é parte fundamental dos desdobramentos sobre a crise climática, as consequências os atingem diretamente. Representa-los é enfatizar que é preciso visibilizar a população que já enfrenta os problemas climáticos hoje.

— Projeto desenvolvido para o concurso de Identidade Visual da 14ᵃ Bienal Internacional de Arquitetura de SP, no qual, ficamos entre os 5 projetos mais votados dos 11 enviados ao concurso.

CRÉDITOS

Estúdios
Yssa Design Studio / Obside Estúdio / Movimento1989

Direção Criativa
Rayssa Molinari, Carlos Henrique e Suzane Lopes

Estratégia: Rayssa Molinari, Carlos Henrique e Suzane Lopes
Marca & Identidade:
Rayssa Molinari, Carlos Henrique e Suzane Lopes
Ilustrações: Suzane Lopes e Rayssa Molinari

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